segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Musculação para crianças afeta o seu crescimento?

Pergunta muito frequente dos pais sobre o treinamento resistido: “Com qual idade a criança pode começar?”, e junto a essa pergunta, vem sempre outros questionamentos: “Isso não irá gerar danos a estrutura óssea da criança?”; “Será que cargas compressivas podem acelerar a calcificação óssea?”.

Associações como a National Strength and Conditioning Association, American Orthopedic Society for Sports Medicine e American Academy of Pediatrics, afirmam que as crianças são capazes de ter benefícios após manterem um treinamento de força (musculação) adequado e supervisionado.

Voltando a pergunta dos pais, retorno com outros questionamentos: “Vocês já pensaram nos danos causados em seus filhos quando sobem em árvores (difícil hoje em dia, devido a vídeo games, celulares e tablets) e depois saltam lá de cima? Os danos que um jogo de futebol com contato físico pode causar? Brincar de corrida em aclives e principalmente em declives?

Se atividades como essas são comuns, e não causam danos no sistema esquelético (particularmente no crescimento), como que uma atividade controlada, orientada por um professor de Educação Física, sem impacto, com amplitudes articulares reduzidas e sobrecarga selecionada o faria? Por que essas crianças não poderiam levantar pesos de forma controlada?

Musculação (pois é assim que eu gosto de chamar) é benéfica e segura para crianças, não só relacionado à força muscular, mas também ao equilíbrio, coordenação, capacidade de desempenho motor, crescimento (liberação de GH) e autoestima.


Sendo assim pais, não se preocupem, pois seus filhos não irão ter prejuízos no crescimento caso eles queiram ou recebam indicação de praticar a base de qualquer esporte... a nossa querida MUSCULAÇÃO.

Texto escrito pelo Educador Físico Marcelo Bernal, da Esmera Saúde Integral

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Você já avaliou a saúde do seu fígado?

O fígado é um dos órgãos mais importantes do corpo. Participa de inúmeros processos metabólicos, detoxificação, produção de várias proteínas, hormônios, enzimas, fatores de coagulação, entre outros. 

As doenças que causam inflamação do fígado podem lentamente evoluir para cirrose, um estágio irreversível em que o transplante hepático pode ser a única chance de tratamento. A maioria dessas doenças não causam sintomas no início e o seu diagnóstico geralmente é estabelecido através de exames laboratoriais e de imagem. Alguns casos, porém, podem levar a uma alteração rápida da função do órgão, uma situação bastante grave.

Obesidade, hepatites virais, além do consumo do álcool e outras substâncias tóxicas são importantes causas de doença hepática, devendo ser investigadas e tratadas. Não existem exames que consigam prever a chance de lesão hepática e tampouco existem substâncias comprovadamente “protetoras” do órgão. Não se engane!

A prevenção é o melhor remédio. Procure a orientação de um Hepatologista.


Texto escrito pelo Dr. Marlone Cunha, médico Hepatologista da Esmera Saúde Integral


sexta-feira, 22 de abril de 2016

Cirurgia estética das mamas e uso de implantes mamários

 Mamoplastia é o nome dado para a cirurgia plástica das mamas, podendo ter diversos objetivos: mamoplastia redutora (diminuição do volume), mastopexia (correção da ptose/queda das mamas) e mamoplastia de aumento (uso de implantes/próteses mamárias com finalidades estéticas ou reparadoras). O uso desses implantes estará recomendado nos casos de amastia (ausência congênita das mamas), hipomastia (volume diminuído das mamas), assimetrias e nas reconstruções mamárias após cirurgias oncológicas.

Nos últimos anos observamos uma elevação da procura pela mamoplastia de aumento, associado a melhor qualidade e segurança das próteses, bem como dos procedimentos anestésicos. O planejamento cirúrgico inicia-se com uma correta avaliação pré-operatória, questionando possíveis doenças prévias, uso de medicamentos, tabagismo, alergias e história familiar para câncer de mama. São solicitados exames laboratoriais, avaliação clínico-cardiológica e exame de imagem das mamas, para afastar quaisquer possíveis alterações.

Em relação ao tipo de anestesia, poderá ser indicado anestesia geral, peridural ou local com sedação, dependendo do caso. O plano de inclusão das próteses poderá ser: retroglandular (logo atrás da mama), retrofascial (atrás da fáscia peitoral) ou retromuscular (atrás do músculo peitoral maior).

As cicatrizes dependem do tipo e formato das mamas, podendo ser posicionadas no sulco inframamário (embaixo da mama), periareolar ou axilar. A qualidade dessas cicatrizes está relacionada principalmente ao tipo de pele e genética da paciente, podendo haver a formação de cicatrizes hipertróficas e quelóides em alguns casos. Dificuldades na amamentação não são atribuídas à cirurgia em si.

Cuidados pós-operatórios são recomendados, como o uso de sutiã adequado, limitação de movimentos e retornos periódicos, para diminuir o risco de intercorrências e complicações. Assim, é muito importante seguir todas as orientações dadas por seu cirurgião.

Por fim, devido uma maior segurança em relação ao material empregado na fabricação das próteses mamárias (conhecido como silicone), não se faz mais necessária a troca obrigatória após 10 anos de uso, e sim apenas na vigência de alguma complicação ou desejo da paciente.

Consulte sempre um especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, esclarecendo todas as suas dúvidas antes da cirurgia.

Texto escrito pela Dra Ivana Leme de Calaes, médica especialista em Cirurgia Plástica