A lombalgia, popularmente conhecida como dor nas costas, é uma patologia caracterizada por dor e desconforto localizados abaixo do gradio
costal e acima do sulco glúteo inferior, com ou sem envolvimento dos membros
inferiores.
Constitui uma das
principais entidades geradoras de incapacidade e perda de dias de trabalho na
população, além de ser uma causa importante de piora na qualidade de vida dos
pacientes.
Sua epidemiologia é tão expressiva que, 2/3
da população adulta, em algum momento da vida, apresentará esse sintoma, sendo
que aproximadamente 5% destes pacientes apresentarão evolução para dor lombar crônica.
Atinge, principalmente, a população adulta, acima dos 45 anos, sendo mais comum
entre os 55 e 64 anos.
A origem da lombalgia
tem caráter multifatorial, podendo ser causada por alterações nas fibras musculares, no
disco intervertebral ou nas estruturas osteo-ligamentares da coluna vertebral.
O diagnóstico é feito com
base na história clínica, exame físico e exames complementares de imagem, como a radiografia, a tomografia computadorizada e a ressonância nuclear magnética. A
avaliação da postura do paciente, sua ocupação laboral e o histórico familiar de lombalgia são de extrema importância para uma melhor
condução do caso.
O tratamento deve ser multidisciplinar, envolvendo médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, entre outros profissionais, de acordo com as necessidades de cada paciente.
No tratamento da lombalgia podem ser utilizadas diversas classes de medicamentos, como os analgésicos e os anti-inflamatórios não-hormonais (AINH). Medidas simples, como o uso de compressa morna na região lombar devem ser estimuladas.
A fisioterapia tem papel importante no combate à dor. A prática de atividades como RPG, Pilates, natação ou outros esportes com pouco impacto nas articulações também podem auxiliar no tratamento.
Durante a evolução do tratamento, caso não haja melhora da dor, podem ser
realizados procedimentos pouco invasivos, como infiltrações ou outros procedimentos percutâneos, desde que muito bem indicados por um especialista em coluna vertebral.
Em último caso, existe a possibilidade do tratamento cirúrgico. Pode ser realizado desde uma abordagem menos invasiva (MIS - Minimally Invasive Surgery), até cirurgias de maior porte, dependendo da patologia e da experiência do cirurgião.
Com uma orientação
profissional personalizada e uma equipe multidisciplinar focada no tratamento, as lombalgias tendem a ter uma evolução totalmente
favorável, com os pacientes voltando às suas atividades diárias normais em pouco tempo.