segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Doença do Refluxo Gastroesofágico

É a doença mais frequente nos consultórios de Gastroenterologia.  Acomete homens e mulheres e afeta bastante a qualidade de vida dos pacientes. Ocorre por uma ineficiência da musculatura entre o esôfago e o estômago.  Os sintomas mais frequentes são pirose (azia), regurgitação, rouquidão, tosse seca e sensação de uma bola na garganta. Pode haver associação com a tão conhecida hérnia de hiato e esta pode dificultar muito o controle dos sintomas.

O diagnóstico é clínico, ou seja, através dos sintomas e da história contada ao médico, porém a endoscopia digestiva alta é o exame complementar mais utilizado para a avaliação do paciente.

O tratamento é feito com medicamentos, controle do peso, retirada de alimentos que causam o refluxo, além da modificação dos hábitos de vida. Orientação nutricional tem papel importantíssimo. Se não for tratada, a doença pode evoluir com inflamação grave do esôfago e progredir até para o câncer. Alguns pacientes precisam realizar tratamento cirúrgico.

Informe-se! Consulte um Gastroenterologista!

domingo, 14 de setembro de 2014

Zumbido. O que fazer quando ele aparece?


O zumbido consiste na percepção de um som quando não há um estímulo sonoro correspondente no ambiente ao seu redor. Pode ser relatado como um apito, um chiado, uma cigarra, um grilo, uma cachoeira, uma panela de pressão, um  motor ou um escape de ar.

O zumbido é um sintoma, não uma doença, e pode ter várias causas em uma mesma pessoa.
Está presente em, aproximadamente, 15% da população em geral e é mais comum na faixa etária entre a quinta e oitava décadas de vida. Porém, somente cerca de 5% desses indivíduos se incomodam com o zumbido, causando prejuízos na sua qualidade de vida.
O zumbido pode estar associado a inúmeras causas, como  as doenças do ouvido, labirintites, perdas auditivas, exposição prolongada a ambientes muito ruidosos ou ao uso de medicamentos (anti-inflamatórios, antibióticos, sedativos, antidepressivos).

Às vezes, o zumbido pode ocorrer por acúmulo de cera nos ouvidos ou por infecções. Nesses casos, a remoção da cera ou o tratamento da infecção resolvem o problema.
Alterações no metabolismo, incluindo os distúrbios de açúcares (hipoglicemia, intolerância à glicose, diabetes), de gorduras (aumento do colesterol ou dos triglicerídeos) ou de hormônios da tireoide no sangue são causas comuns de zumbido e podem ser facilmente resolvidas adotando-se uma dieta adequada ou iniciando um medicamento específico.

O zumbido pode ainda ser provocado por problemas circulatórios, oscilações na pressão arterial, problemas do coração, distúrbios da articulação da mandíbula ou contratura dos músculos do pescoço. Estresse, ansiedade, depressão e pânico também são causas importantes de zumbido. É muito raro acontecer, mas o zumbido também pode ser provocado por um tumor benigno que acomete o nervo do ouvido, o schwanoma do acústico.
Não existe um único tratamento que seja eficaz para todos os tipos de zumbido. Existem muitos tratamentos que diminuem ou eliminam o zumbido, porém a eficácia depende das causas, da resposta individual ao tratamento e da sua  aderência. O tratamento terá maior chance de sucesso se for direcionado para todas as causas de zumbido identificadas em um mesmo indivíduo.
Portanto, o zumbido é um alerta para o indivíduo que algo pode estar errado, não só em seu aparelho auditivo como em todo o seu organismo. Consulte um Otorrinolaringologista!

domingo, 7 de setembro de 2014

Suplementação de ácido fólico na gestação


O ácido fólico, também conhecido como vitamina B9, é importante na prevenção das malformações do tubo neural, estrutura que dará origem ao sistema nervoso central do feto. As malformações mais comuns são a espinha bífida (exposição dos nervos da medula espinhal) e a anencefalia, que acometem, no Brasil, aproximadamente, um em cada 1000 nascidos vivos.

Estima-se que a suplementação adequada proporcione redução de 75% da ocorrência de defeitos de fechamento do tubo neural.

Sua forma natural, o folato, pode ser encontrada em vegetais de folhas verdes escuras, frutas cítricas, tomate, gema de ovo e fígado, porém é mal absorvida pelo organismo. Por esse motivo, a forma sintética (ácido fólico) é a alternativa mais eficaz e prática para a mulher.

A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomenda a suplementação diária de ácido fólico sintético numa dose de 400 microgramas, iniciada pelo menos 30 dias antes da concepção e mantida durante os primeiros três meses (12 semanas) de gestação.  

A gravidez é uma das fases mais importantes e especiais da vida da mulher. Um bom planejamento e início precoce do acompanhamento obstétrico são muito importantes para o bom desenvolvimento da gestação.