sexta-feira, 22 de abril de 2016

Cirurgia estética das mamas e uso de implantes mamários

 Mamoplastia é o nome dado para a cirurgia plástica das mamas, podendo ter diversos objetivos: mamoplastia redutora (diminuição do volume), mastopexia (correção da ptose/queda das mamas) e mamoplastia de aumento (uso de implantes/próteses mamárias com finalidades estéticas ou reparadoras). O uso desses implantes estará recomendado nos casos de amastia (ausência congênita das mamas), hipomastia (volume diminuído das mamas), assimetrias e nas reconstruções mamárias após cirurgias oncológicas.

Nos últimos anos observamos uma elevação da procura pela mamoplastia de aumento, associado a melhor qualidade e segurança das próteses, bem como dos procedimentos anestésicos. O planejamento cirúrgico inicia-se com uma correta avaliação pré-operatória, questionando possíveis doenças prévias, uso de medicamentos, tabagismo, alergias e história familiar para câncer de mama. São solicitados exames laboratoriais, avaliação clínico-cardiológica e exame de imagem das mamas, para afastar quaisquer possíveis alterações.

Em relação ao tipo de anestesia, poderá ser indicado anestesia geral, peridural ou local com sedação, dependendo do caso. O plano de inclusão das próteses poderá ser: retroglandular (logo atrás da mama), retrofascial (atrás da fáscia peitoral) ou retromuscular (atrás do músculo peitoral maior).

As cicatrizes dependem do tipo e formato das mamas, podendo ser posicionadas no sulco inframamário (embaixo da mama), periareolar ou axilar. A qualidade dessas cicatrizes está relacionada principalmente ao tipo de pele e genética da paciente, podendo haver a formação de cicatrizes hipertróficas e quelóides em alguns casos. Dificuldades na amamentação não são atribuídas à cirurgia em si.

Cuidados pós-operatórios são recomendados, como o uso de sutiã adequado, limitação de movimentos e retornos periódicos, para diminuir o risco de intercorrências e complicações. Assim, é muito importante seguir todas as orientações dadas por seu cirurgião.

Por fim, devido uma maior segurança em relação ao material empregado na fabricação das próteses mamárias (conhecido como silicone), não se faz mais necessária a troca obrigatória após 10 anos de uso, e sim apenas na vigência de alguma complicação ou desejo da paciente.

Consulte sempre um especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, esclarecendo todas as suas dúvidas antes da cirurgia.

Texto escrito pela Dra Ivana Leme de Calaes, médica especialista em Cirurgia Plástica

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